sábado, 3 de setembro de 2011

A madrugada, os pensamentos e as folhas de papel

Gosto das madrugadas, me sinto invisivel, parte da noite. Posso ouvir o silêncio, me sentir dona do mundo, poderosa por parecer ser a única forma de vida (acordada) em todo universo. Sou apenas eu e eu mesma. Porém, como nada é bom por completo, todas as madrugadas, em um dado momento, minha mente é inundada por pensamentos. Pensamentos que me enchem de dúvidas, medos, preocupações, tristezas e que acabam, frequentemente, tirando meu sono.

Como nunca gostei de falar sobre mim, colocar meus pensamentos em uma folha de papel, era (e continua sendo) a minha principal forma de tirá-los da cabeça. A cada palavra que era colocada em uma folha de papel parecia que a minha mente ficava mais leve. As folhas de papel, agora substituidas por rascunhos de e-mail ou blocos de notas salvas na área de trabalho do computador, iam parar no lixo sem nunca serem lidas - nem mesmo por mim. Seu único propósito era servir de válvula de escape.

Aos poucos, de uma forma até sutil, as redes sociais foram tornando-se também formas de expor pensamentos. Sem perceber comento algo bem pessoal e, por mais rápida que a ficha caia e eu perceba que falei demais, fatalmente aquilo já foi lido por algum conhecido que irá construir sua própria interpretação a respeito do comentário Além disso, como minhas redes também foram feitas para uso profissional, não parece de bom tom fazer certos comentários públicos sobre coisas que passam pela minha cabeça às 4 da manhã de uma quarta-feira.

Sendo assim, aqui estou. Auto-intitulada lilith, para não parecer uma completa anônima. Preenchendo esta folha em branco com meus pensamentos. ;)

(Imagem: Google)

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